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Imagem pessoal na prática: o que os 7 Estilos Universais revelam sobre você

  • Foto do escritor: Clara Laface
    Clara Laface
  • 11 de set.
  • 3 min de leitura

Os 7 Estilos Universais foram consolidados pela consultora de imagem americana Alyce Parsons, que reuniu diferentes traços comportamentais e até referências aos deuses e deusas da Grécia Antiga em sete arquétipos. A ideia foi simplificar o processo de escolha das roupas, para que cada pessoa pudesse transmitir uma mensagem clara ao mundo.


Essa mensagem não se limita à aparência: ela precisa estar alinhada aos gostos pessoais, valores, história de vida e objetivos. Ao se vestir, cada pessoa tem a oportunidade de contar uma história de forma coerente e autêntica, transformando a escolha do que vestir em um exercício de identidade e expressão.


Na minha visão, mais do que nos prender a três estilos fixos — como muitas vezes se divulga —, cada um de nós carrega uma essência central, viva e potente. Essa essência pode se manifestar de maneiras diferentes ao longo do tempo, e em determinados momentos pode ser necessário evocar elementos de outros estilos de acordo com o contexto de vida e com os desafios de cada fase.


É justamente nessa flexibilidade que está a riqueza dos estilos: a possibilidade de escolher conscientemente quais sinais queremos reforçar, sem perder de vista quem somos em nossa totalidade.

 

Dúvida sobre o estilo pessoal
O seu estilo precisa ser coerente com a narrativa que deseja construir e revelar para o mundo (Imagem: Canva)

Os 7 Estilos Universais e sua relação com o tempo


Cada um desses estilos representa uma forma de se relacionar com o tempo, a história e a maneira como nos apresentamos ao mundo. Conhecer esses estilos ajuda a reconhecer a pluralidade que habita em nós e compreender como cada escolha reforça mensagens, abre caminhos e sustenta a narrativa que queremos construir.

 

Esportivo/Natural

Representa conforto, praticidade e vida em movimento. É o estilo do cotidiano, que privilegia tecidos leves, cortes simples e peças funcionais.


Força do estilo: transmite autenticidade e proximidade, comunica alguém acessível e verdadeiro, que valoriza mais a essência do que a aparência.


Tradicional

Conecta-se às heranças culturais e ao senso de pertencimento. Inspirado em uniformes e códigos institucionais, remete à disciplina, à formalidade e à confiança.


Força do estilo: reforça credibilidade, solidez e segurança, transmitindo a imagem de quem cumpre o que promete.


Elegante/Refinado

Relaciona-se ao cuidado com as ocasiões e ao tempo cerimonial. Apresenta linhas bem estruturadas, cores neutras e tecidos nobres.


Força do estilo: projeta sofisticação e autoridade discreta, fazendo a presença ser percebida como relevante e respeitável.


Romântico

Evoca memória afetiva, cuidado e suavidade. Está presente em detalhes delicados, tecidos fluidos, cores suaves e estampas florais.


Força do estilo: desperta empatia e acolhimento, aproximando as pessoas e revelando sensibilidade.


Sexy/Sensual

Exalta vitalidade e poder de presença. Aparece em cortes ajustados, decotes, brilhos e tecidos que valorizam as formas.


Força do estilo: imprime magnetismo e intensidade, destacando energia, confiança e desejo de afirmação.


Criativo

Mistura referências, épocas e estilos para criar possibilidades. É marcado por ousadia, combinações inesperadas e liberdade de experimentar.


Força do estilo: revela originalidade, inovação e coragem de ser único, mesmo diante das convenções.


Dramático

É o estilo do impacto e da presença marcante. Usa linhas estruturadas, cores fortes e contrastes visuais para criar imponência.


Força do estilo: transmite poder, autoridade e deixa uma imagem que permanece na memória.


Homem elegante com uma narrativa visual coerente com seus objetivos
A sua comunicação visual deve reforçar o seu espaço no mundo

Como eu traduzo isso na minha rotina


Inicialmente, é preciso se perguntar:

•   Quem você é?

•   Quais são suas motivações e ambições?

•   Como você quer que o mundo te leia?

•   Onde você quer chegar?


Essas reflexões são o ponto de partida para alinhar sua imagem pessoal com a vida que deseja construir. Afinal, a forma como nos apresentamos não deve ser um recorte isolado, mas um reflexo coerente da identidade, dos valores e das conquistas que buscamos.


Feita essa autoanálise, é hora de avaliar também o seu contexto de vida e carreira, e ainda considerar o aspecto sinestésico — tato, paladar, olfato, visão e audição. Os sentidos moldam experiências e influenciam escolhas: o tecido que toca a pele, o perfume que deixa sua marca, os ambientes que frequenta, as comidas que aprecia, a música que embala sua rotina e até as cores ao seu redor. Tudo é estilo. Quando cada detalhe é escolhido de forma consciente, o resultado é uma imagem autêntica, forte e coerente com quem você realmente é.


A comunicação visual precisa ir além de escolher algo apenas pela etiqueta ou para se encaixar em um espaço à custa da perda da essência que faz parte da sua história de vida. Seja você mais tradicional ou criativo, essa característica será a âncora que sustenta as muitas facetas da sua identidade e do seu dia a dia. No fim das contas, ser verdadeiro é um ato de resistência em um mundo onde o efêmero e a padronização parecem ocupar cada vez mais espaço.

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