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Como a atualização da NR-01 fortalece a comunicação não violenta e a liderança nas empresas

  • Foto do escritor: Clara Laface
    Clara Laface
  • há 10 horas
  • 3 min de leitura

A NR-01 – Disposições Gerais foi atualizada e passou a exigira inclusão dos riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Essa mudança representa um marco: saúde mental e fatores emocionais deixam de ser temas secundários e passam a integrar o núcleo das obrigações legais das empresas.


Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/pt-br ), organizações que não se adequarem poderão ser responsabilizadas tanto no campo jurídico quanto no produtivo, já que o descuido com a saúde mental impacta diretamente em afastamentos, processos trabalhistas e queda no desempenho.


 

Comunicação Não Violenta (CNV): ferramenta estratégica para empresas


Criada por Marshall Rosenberg, a Comunicação Não Violenta (CNV) tem quatro pilares: observação sem julgamento, identificação de sentimentos, reconhecimento de necessidades e formulação de pedidos claros.


No ambiente corporativo, a CNV:

  • Reduz conflitos e ruídos na comunicação;

  • Melhora o clima organizacional e a confiança;

  • Diminui riscos de assédio moral e práticas abusivas;

  • Previne o adoecimento psicológico, atendendo às exigências da nova NR-01.


Empresas que adotam programas de CNV conseguem não apenas cumprir a norma, mas fortalecer sua cultura organizacional com práticas éticas e humanas.


 

Liderança empática como fator de proteção


Com a atualização da NR-01, a liderança deixa de ser apenas influenciadora e passa a ser corresponsável pela saúde mental da equipe. Isso significa que gestores precisam estar preparados para:

  • Reconhecer sinais de esgotamento emocional (burnout, ansiedade, desmotivação);

  • Promover ambientes psicologicamente seguros;

  • Adotar uma postura ética e coerente;

  • Atuar como fatores de proteção e não de risco.


A liderança empática deixa de ser diferencial competitivo e torna-se uma exigência regulatória. Quem não se adapta arrisca perder talentos, produtividade e reputação.

 


Por que a NR-01 dialoga com o cenário atual


O Brasil ocupa posição de destaque entre os países com maiores índices de burnout e ansiedade no trabalho, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde ( https://mentalstateoftheworld.report/wp-content/uploads/2023/02/Mental-State-of-the-World-2022.pdf? ). O aumento nos afastamentos relacionados à saúde mental exige medidas concretas de prevenção. A NR-01 reconhece essa realidade e propõe que a gestão de riscos psicossociais seja vista como estratégia de negócio, não apenas como obrigação legal.

 

funcionário com esgotamento físico e mental
O Brasil é um dos países que se destacam nos índices de ansiedade e burnout (Imagem: Canva)

Treinamentos e o papel do RH


O setor de Recursos Humanos tem papel decisivo nessa transformação. Não basta conhecer a norma: é preciso preparar lideranças e equipes por meio de treinamentos integrados que contemplem:

  • NR-01 e legislação trabalhista atualizada;

  • Comunicação Não Violenta aplicada ao ambiente corporativo;

  • Práticas de liderança empática e ética;

  • Protocolos de prevenção e acolhimento em saúde mental.


Esse investimento cria um diferencial competitivo sustentável: colaboradores mais saudáveis, engajados e produtivos.

 

Benefícios de integrar CNV, NR-01 e liderança consciente


Ao alinhar comunicação, liderança e legislação, as empresas conquistam:

  • Maior engajamento e retenção de talentos;

  • Redução de afastamentos e custos com saúde ocupacional;

  • Ambiente de trabalho mais seguro e produtivo;

  • Reputação positiva no mercado;

  • Conformidade legal com a NR-01.

 

Equipe unida e engajada
Funcionários saudáveis e engajados quando a empresa coloca as pessoas no centro (Imagem: Canva)

Mais do que lei, uma oportunidade de transformação


A atualização da NR-01 não é apenas um mecanismo de fiscalização. Ela é um convite para que empresas repensem suas relações de trabalho e fortaleçam a saúde mental como parte da estratégia de negócios.


Empresas que adotam Comunicação Não Violenta e desenvolvem lideranças empáticas não apenas cumprem a lei, mas constroem organizações mais humanas, sólidas e competitivas.


Em um cenário de mudanças constantes e crescente pressão por produtividade, quem lidera com consciência e coloca pessoas no centro está, de fato, um passo à frente — na lei e no mercado.

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